quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

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sexta-feira, 18 de abril de 2014

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Ensaio fotográfico em túnel quase acaba em tragédia

Fotógrafos são criativos e não perdem uma boa foto por nada. Aconteceu uma história engraçadíssima (ou aterrorizante?) com o fotógrafo Jivalgo Sales que merece ser divulgada. Ao fazer um ensaio do pré-casamento com o casal de noivos Felipe Menezes e Samara Rabelo dentro de um túnel eles foram surpreendidos por um trem.
Eles saíram de Moeda (Belo Horizonte) e assim que o profissional viu o túnel decidiu que faria uma foto ali. “Queria só fazer uma foto na entrada e, se o trem viesse, havia muito espaço nas laterais para ficar. Mas o trem passou antes mesmo de descermos para os trilhos. ‘Ótimo’, pensei, ‘Agora podemos fazer as fotos tranquilamente’” disse o fotógrafo.
Eles esperaram o trem passar e foram para a entrada do túnel. “Eu queria fazer uma silhueta e então eu fui correndo para dentro para poder pegá-los contra a luz, tendo todo o túnel de moldura”. Sales, estando no túnel empolgou-se com a sensação: “Vi toda a textura que as paredes possuíam, da rocha bruta, a luz que vinha da entrada e a textura dos trilhos e das pedras no chão”. Com a composição na cabeça, ele decidiu que queria uma foto ali também. Retornou aos noivos e sugeriu a ideia. Os noivos reagiram como o esperado: “E se o trem vier? O que fazemos?”.
Ele arrumou uma resposta para o casal: “Bem, se isso acontecer vamos lá pra outra ponta, porque se o trem vier dá tempo da gente correr pra outra saída. E também acabou de passar um trem, não deve passar outro por umas duas horas, no mínimo. E eu só quero fazer uma foto. É rapidinho.” E as explicações continuaram: “E se por acaso o trem aparecer, a gente faz igual em filme: gruda na parede”, disse.
Foram todos para o meio do túnel e Jivago fez a foto que queria – as paredes rochosas do interior, os trilhos, a entrada e os noivos. Foi quando, ao terminar de apertar o botão a câmera fotográfica, que uma luz apareceu. “O trem! Meu Deus! O que fazer?”.
O fotógrafo gritou: “‘Cooooorre Samara. Cooooorre Felipe. Cooooorre Jivago!’ Mas depois de correr uns 5 metros pensei: ‘Espera aí, corre nada… fotograaaaafa Jivago!” Como eles estavam no meio do túnel, não tinham tempo suficiente para correr até a ponta mais próxima.
A noiva, conta engraçando-se, como reagiu nessa hora: “Nós corríamos do trem, enquanto o doido do fotógrafo, ao invés de correr também, tirava fotos!”. E assim que conseguiram pensar em uma solução se encostaram nas paredes. “Rezamos para o trem não encostar na gente. Eu rezava pra não morrer e ainda queria fotografar. Olhei para os dois que estavam uns 5 metros longe de mim. Agarradinhos na parede, vi uma silhueta e comecei a gritar: ‘Beeeeija, beeeeija’. Mas é claro que eles não estavam ouvindo, porque o barulho do trem dentro do túnel era muito alto. Pensei comigo mesmo: ‘Jivago lesado, se eles escutarem você gritando vão responder: ‘Você está doido? A gente aqui quase morrendo e você querendo que a gente beije?’”.
O trem finalmente foi-se. O único rastro que ficou do trem impresso nos noivos e no fotógrafo foi a sujeira na roupa. “Ainda rimos da situação, e ainda fiz fotos deles saindo do túnel. Tirando o perigo, foi uma experiência incrível. Na verdade, eu fiquei com mais medo imaginando a reação do pai da noiva do lado de fora achando que eu tinha matado a filha dele”. Jivago finaliza, contente com o ensaio. “Eu não mudaria nada, gosto de viver o instante da minha fotografia, gosto de sentir cada locação e descobrir minhas imagens junto com os noivos”.

publicada em http://malvadas.org/